23/12/17

Parque da Quiçama Reabre depois do violento Incêndio


Parque Nacional da Quiçama voltou à rotina habitual nesta quarta-feira, depois de sete dias interdito, por causa de um incêndio de grandes proporções, que consumiu aproximadamente 86 hectares e vitimou algumas espécies de animais rastejantes.
Nos últimos dias, as visitas turísticas estiveram suspensas por conta do cenário de fogo, combatido por mais de 400 voluntários, entre agentes do Corpo Nacional de Bombeiros, das Forças Armadas Angolanas, da Polícia Nacional e da fiscalização do parque.
As chamas, que chegaram a consumir árvores com mais de oito metros de altura, iniciaram às 13 horas do dia 5 de Dezembro, na região sul e a 40 quilómetros limiares ao longo da ribeirinha, na zona norte do parque, por razões ainda desconhecidas.

Foram aproximadamente 180 horas de intenso trabalho para travar a progressão das chamas, que ainda assim atingiram uma vasta zona do parque, de forma rápida, por causa do vento e da grande quantidade de biomassa concentrada no local.

A falta de meios aéreos adequados para a extinção de incêndios e as irregularidades do terreno arenoso do parque dificultaram o trabalho das equipas e das viaturas cisternas.

Só ao começo da tarde de segunda-feira, as forças do Corpo Nacional de Bombeiros declararam ter controlado o incêndio no parque, que segundo uma fonte da Angop já registou, este ano, outros dois incidentes de menores proporções.

Entretanto, ao final da tarde de terça-feira, um falso alarme chegou a mobilizar a equipa de prevenção do corpo de bombeiros, que destacou mais de oito agentes para averiguar a proveniência de uma fumaça branca, nos arredores do parque.

A Angop apurou no local, junto do corpo de bombeiros, que se tratava de uma queimada feita por camponeses, numa extremidade do Rio Kwanza oposta ao perímetro afectado, sem possibilidades de progredir para o interior da área protegida.

Pelo interior do parque, os vestígios do incêndio ainda são visíveis. Apesar de já quase não haver presença dos pequenos animais consumidos pelas chamas, nota-se, em várias partes da extensa zona afectada, a fumaça em pequenos galhos de árvores.  

De acordo com a direcção do parque, além de danificar a vegetação como a erva graminha  “capim” e hyphaebe guineensis (matebeira), as chamas consumiram duas jiboias e um cágado. Nenhum outro animal ficou afectado.

Fiscalização redobrada
Para evitar o ressurgimento de chamas inesperadas, a fiscalização do parque leva a cabo, dia e noite, um serviço permanente de vigilância, para impedir a caça dos animais e eventuais queimadas por parte dos caçadores furtivos.

Face ao sucedido, o parque deixou de funcionar a 100 porcento. Só ao começo da manhã desta quarta-feira foi reaberto ao público, esperando-se que até sexta-feira próxima comecem a regressar em força os habituais visitantes e turistas.

Nesta quarta-feira, o dia amanheceu calmo, apesar de algum serviço de prevenção dos efectivos do corpo de bombeiros, que já deixaram completamente o local. A última equipa regressou à unidade esta m
O Parque Nacional da Quiçama, que já havia registado um incêndio em 2008, por causa de um curto circuito numa viatura de um turista, localiza-se na província de Luanda.

Erguido a 75 km da cidade, foi estabelecido como reserva de caça em 1938 e transformado em parque nacional em 1957.

Apresenta uma variedade de vegetação e animais, contendo desde elefantes, a zebras, girafas, macacos, manatins africanos, palancas vermelhas, grande diversidade de aves, entre outros.

A sua vegetação varia muito das margens do Rio Kwanza ao interior do parque: manguezais, mata densa, savana, árvores dispersas, cactos e imbondeiros.
anhã, reafirmando ter o controlo total da situação.

Longe das chamas e da tensão, os animais começaram já a voltar a circular pelas zonas afectadas do parque, que tem um total de nove mil e 600 quilómetros quadrado.



Parque Nacional da Quiçama voltou à rotina habitual nesta quarta-feira, depois de sete dias interdito, por causa de um incêndio de grandes proporções










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